O assunto mais importante do mundo pode ser simplificado
até ao ponto em que todos possam apreciá-lo e compreendê-lo.
Isso é - ou deveria ser - a mais elevada forma de arte.
Charles Chaplin
Brasília em Três Quadras e um Dístico
Nas tuas asas alço voo
saio do eixo e me afasto
deste coração abastrato
e sonho no teu concreto
No teu côncavo e convexo
o Brasil se despedaça
e o povo perde o nexo
mas nunca perdes tua graça!
Em Brasília onze horas
não estou nem aqui
uma parte de mim chora
a outra resiste e sorri
Dá-me tuas asas
se me cortam diariamente as minhas...
Anabe Lopes
Asas
Brasília:
o chão a refletir o sol a clarear o céu
Esse vazio me enche.
Brasília:
o céu a refletir o chão a clarear o sol
Esse vazio me prende.
Brasília:
o sol a refletir o céu a clarear o chão
Esse vazio de chão.
Brasília:
o chão, o sol, o céu...
Esse vazio na gente.
Brasília:
por entre as quadras do grande pássaro
pulsam-me asas
Asas.
Sids Oliveira
Para Nicolas Behr,

Os candangos acreditavam
(e ainda acreditam) que, um dia,
no planalto cerratense,
seria erguida uma
cidade-monumento
em forma de borboleta,
de proporções colossais,
homenageando-os
os candangos comiam bolinhos
de cimento, mastigavam barro,
bebiam suco de tinta com argamassa,
respirava poeira, cuspiam brita, babavam
cascalho, choravam areia, urinavam lama,
defecavam concreto
e transpiravam esperança
Nicolas Behr,
poeta de coração cerratense, dezenhou com palavras as formas da monumental Brasília, enquanto crescíamos e caminhávamos na metade século, na metade vastidão azul.
Seus primeiros livrinhos, anos, 70, geração mimeógrafo, lançados artesanalmente e distribuídos de mão em mão por todos os cantos de Brasília, marginalizaram a poesia e recriaram Brasília. Surge, assim, Braxília, cidade-poema, construída a partir da transmutação da cidade de Brasília" , a sua grande utopia.
Em 2011, mais uma coletânea FINCAPÉ reúne amigos e companheiros da poesia brasiliense, e a poesia de Nicolas Behr continua um presente para Brasília.
Saiba mais em
Nicolas Behr - Poesia Pau-Brasília
Nicolas Behr - Livrinhos
Seus primeiros livrinhos, anos, 70, geração mimeógrafo, lançados artesanalmente e distribuídos de mão em mão por todos os cantos de Brasília, marginalizaram a poesia e recriaram Brasília. Surge, assim, Braxília, cidade-poema, construída a partir da transmutação da cidade de Brasília" , a sua grande utopia.
Em 2011, mais uma coletânea FINCAPÉ reúne amigos e companheiros da poesia brasiliense, e a poesia de Nicolas Behr continua um presente para Brasília.
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Nicolas Behr - Poesia Pau-Brasília
Nicolas Behr - Livrinhos
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